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Imigração

Autodeportação nos EUA levanta mais dúvidas do que certezas

Programa do governo promete agem e ajuda financeira para quem se autodeportar, mas ainda existem riscos migratórios e falta de garantias.

O governo está oferecendo $1.000 e agem aérea de volta para casa para imigrantes em situação irregular que aceitarem sair voluntariamente dos EUA. A proposta parece simples: basta preencher um formulário de intenção de saída no aplicativo CBP Home e aguardar as instruções. Mas, segundo o advogado de imigração Ludo Gardini, faltam informações importantes para quem quer entender o processo antes de se comprometer. “Alguns detalhes não estão íveis até que você se inscreva no processo; se você não aplica, não consegue ar as informações completas. Isso gera insegurança”, afirma.

A chamada “barreira dos 10 anos” é uma das principais consequências a considerar: quem ficou mais de um ano de forma indocumentada nos EUA será proibido de entrar novamente por uma década. Mesmo que saia voluntariamente. “Algumas pessoas podem achar que, ao aceitar o programa, estarão limpando seu histórico, mas isso não está assegurado. Cada caso tem suas particularidades”, alerta Gardini. Embora o governo diga que a saída voluntária pode facilitar um retorno legal no futuro, isso depende de um processo à parte — e não existe garantia de que será aprovado.

Outro ponto levantado por Gardini é que o incentivo financeiro pode não fazer sentido na prática. Para quem já está buscando se estabelecer minimamente nos EUA, o valor de $ 1.000 pode parecer pouco diante de tudo que seria deixado para trás. “Esse valor, por si só, dificilmente representa uma vantagem real”, avalia. E chama atenção para um outro lado do programa: “Uma deportação tradicional hoje chega a custar em média $17 mil por pessoa. Então, esse não é só um ‘estímulo’ ao imigrante, é uma forma de economizar dinheiro público”.

Nossa reportagem também procurou entender como esse pagamento é feito: no site oficial do aplicativo CBP Home, desenvolvido pelo DHS (Department of Homeland Security), não há maiores detalhes. A pessoa interessada preenche a sessão “Intenção de Partida” (Intent to Depart), e após a verificação da chegada ao país de origem, recebe o auxílio. Durante o tempo que aguarda instruções para os próximos os, ela a a ser tratada como um caso de baixa prioridade para detenção. A ideia do governo é oferecer uma saída sem necessidade de prisões ou deportações forçadas.

No fim das contas, o novo programa pode até soar como uma saída digna, mas deixa perguntas sem resposta. Quem pensa em participar precisa estar ciente de que, além das promessas, ainda existem riscos migratórios e financeiros consideráveis. E, claro, sempre busque orientação jurídica individualizada antes de tomar qualquer decisão.

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